sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
Análise da temporada 2015
Campanha: 55 pontos - 34J, 15V, 10E, 9D, 45GP, 32GC, SG+13
Em 2014: 7º
Expectativa para 2015: Metade de cima da tabela
Resultado: Razoável - Chegou a sonhar com o título do returno
Copa do Imperador: Eliminado nas oitavas de final (0x1 Vissel Kobe)
Copa Nabisco: Eliminado na fase de grupos
Artilheiros: Ademilson (8 gols), Manabu Saito (7), Sho Ito (6)
Líderes de assistências: Shunsuke Nakamura (5), Manabu Saito (4), Rafinha (4), Yuta Mikado (4)
Média de público: 24.221 (3ª)
Brasileiros: Fábio Aguiar (zagueiro, 33 jogos, 4 gols), Ademilson (atacante, 33 jogos, 8 gols, 3 assistências), Rafinha (atacante, 10 jogos, 1 gol, 4 assistências)
Técnico: Erick Mombaerts
Muita gente torceu o nariz quando o City Football Group anunciou a parceria com o Yokohama F-Marinos e adquiriu 19,95% das ações do clube. Afinal, uma empresa estrangeira não pode controlar um clube de futebol no Japão e há também a lei do fair play financeiro (caso fique três anos no vermelho, o time perde a licença da J-League) que impede gastos desmedidos. E o Marinos (que já tinha gastado mais do que arrecadado por dois anos e precisou de uma injeção de dinheiro da Nissan para fechar as contas) foi um dos que menos contratou. Manteve todos os titulares do ano anterior e, com a ajuda do CFG, trouxe o técnico francês Erick Mombaerts e, de última hora, o atacante Ademilson, por empréstimo - único dos reforços que frequentou o onze inicial. A temporada começou conturbada, com derrota no dérbi para o Frontale e problemas no sistema ofensivo, desfalcado de Nakamura e Rafinha. Na quarta rodada, quebrou um tabu de seis anos e meio ao ganhar do Reysol, mas venceu só mais uma vez nas cinco rodadas seguintes e viu o Urawa disparar rumo ao título do turno. Quando venceu quatro jogos seguidos em maio, já era tarde. No returno, a situação foi parecida. Nenhuma vitória nas cinco primeiras rodadas e em seguida veio uma sequência invicta de oito vitórias e dois empates, incluindo um 4x0 em cima do Urawa. Teve chances de título até a penúltima rodada, quando perdeu para o Kashima por 2x0 em Ibaraki. Mombaerts deu preferência a um sistema 4-2-3-1, mantendo a base que já foi a melhor defesa de 2014 - desta vez, terminou como a segunda menos vazada. Fábio Aguiar ganhou a vaga de Tomisawa como primeiro volante e depois foi recuado para a zaga no lugar de Kurihara. Nakamachi perdeu espaço para o jovem Kida. Mikado, que fez as honras de substituir Nakamura, saiu-se bem tanto armando, no turno, quando na sua posição original, no returno. O problema continuou sendo a falta de um centroavante decisivo. Sho Ito, a eterna promessa, de novo não correspondeu. Rafinha passou quase a temporada toda lesionado. Ademilson se deu melhor como meia. O são-paulino, aliás, chegou com status de estrela e um hype enorme por ter sido apresentado ao público japonês como "atacante das seleções de base do Brasil". A princípio ele seria o centroavante do Tricolore, mas os inúmeros gols perdidos, em contraste à boa movimentação e chances criadas, fizeram Mombaerts recuá-lo para o meio-campo, onde foi testado nas três posições do tridente. Terminou como artilheiro da equipe. Não brilhou mas também não decepcionou - o mesmo pode ser dito do ídolo Nakamura, que mostrou sua classe em alguns momentos do returno, e do driblador Manabu Saito, que ainda não conseguiu voltar à seleção.
Feito por Tiago Bontempo do Blog Futebol no Japão
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